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  • Tomás Oliveira Mesquita

    Concurso 2020
 Beca 2020   Modalidad: Concurso | Destino: Barozzi Veiga | Prácticas: 07/2021 - 12/2021
Torna-se complicado pensar que já passaram seis meses, desde que aterrei na cidade de Barcelona, para trabalhar no estúdio Barozzi Veiga. Seis meses esses que passaram a uma velocidade vertiginosa. Nos princípios de Julho, com um nervoso miudinho, toco à campainha do 36 da Calle Bailén, e se na minha cabeça imaginava um ritmo frenético com inúmeros trabalhadores, logo percebi que o ambiente é extremamente familiar. Sou informado que vou ficar a trabalhar num projeto de execução de um museu na Bélgica. Acompanhar um projeto desta índole, desde uma fase inicial até à sua entrega, é uma oportunidade única para um jovem arquitecto e permitiu-me contactar com metodologias e desafios que, até então, desconhecia. Tentei absorver toda a informação e conhecimento que me era possível, pois todos os minutos no estúdio Barozzi Veiga são de constante aprendizagem. Para além deste projeto, foi-me possível acompanhar de perto a entrega de um concurso. Durante o seu desenvolvimento, a troca de ideias foi constante, não só pela equipa de concursos, mas por todos no estúdio. E para completar o início de uma experiência que, por si só, já se adivinhava estimulante, o local: a cidade de Barcelona. Desde as suas ruas, a sua arquitectura, a sua arte, os seus pormenores... uma cidade que nunca nos deixa de surpreender. Vibrante e estimulante, dei por mim, inúmeras vezes a perder-me naquelas ruas estreitas e sinuosas, de caderno no braço, sem saber ao certo onde fixar a minha atenção e pensando no que iria descobrir no virar da esquina. Embora tenha aproveitado todo o tempo livre disponível para descobrir um pouco da cidade, permanece a sensação de que fica algum mistério por desvendar, algum segredo por descobrir. Talvez seja essa a magia da cidade de Barcelona! Agradecer uma vez mais à Fundação Arquia por proporcionar esta experiência única aos jovens arquitectos de Portugal. E agradecer também ao estúdio Barozzi Veiga. Se vim pela arquitectura, irei ficar pelas pessoas. Muito obrigado!

A fachada do edifício é feita de betão aparente e de painéis de madeira perfurados, com o objetivo de sombrear os espaços interiores, produzindo um efeito cénico e poético, não bloqueando a circulação de ar. Estes painéis podem ser movimentados conforme os moradores desejarem, o que permite otimizar o conforto térmico consoante a incidência do sol. Esta característica possibilita a criação de uma fachada versátil e dinâmica contrastando com a repetição monótona que caracteriza o local onde o edifício se encontra inserido. Esta solução pretende criar um ambiente confortável e funcional para os moradores, com uma grande interação entre os espaços interiores e exteriores.

Tomás Oliveira Mesquita

Arquitecto
Universidade de Coimbra - Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia
Coimbra | PORTUGAL