Os materiais auxéticos possuem um coeficiente de Poisson negativo: eles ficam gordos quando som esticados e finos quando som comprimidos. O comportamento auxético é independente da escala, y pode ser alcançado em diferentes níveis estruturais, do nível molecular ao macroscópico. A estrutura interna do material (geometria) desempenha um papel importante na obtenção do efeito auxético. Devido ao coeficiente de Poisson negativo, os materiais auxéticos demonstram uma série de características particulares quando som comparados com materiais convencionais. Nos últimos anos, uma variedade de materiais auxéticos foram projetados e fabricados para várias aplicações, mas não em arquitetura ou na escala que esta precisa. As referências auxéticas encontradas foram agrupadas por geração geométrica em sete grupos (Hong Hu Yanping & Liu, 2010): estruturas de reentrada, unidades rotativas quirais, camadas laminadas angulares, moléculas rígidas, polímeros microporosos e polímeros líquidos cristalinos. Estes materiais possuem interessantes propriedades de cisalhamento, comportamento de entalhe, tenacidade à fratura, curvatura sincrática, absorção de energia e permeabilidade variável.
Além disso, arquiteturas baseadas em princípios da natureza foram apresentadas nos últimos anos. Robert Le Ricolais, Darcy Thomson, Ray Kurzweil, Yushang Zhang e outros, Neri Oxman, Kahn, Matsys ... são apenas alguns desses casos. O funcionalismo biológico é invocado para apoiar o conceito de que o peso leve é uma medida real da eficácia estrutural. Alguns arquitetos previram uma nova arquitetura com novas qualidades: revolucionária, elástica, leve, expansível, ativa, móvel e dinâmica. Assim, eles identificaram as características mais importantes das estruturas implantáveis e transformáveis. Alguns autores neste campo são Fuller, Piñero, Moore, Zeigler e alguns outros que recentemente se interessaram por este tipo de estrutura. Mas a arquitetura implantável ou transformável precisa ser estabilizada. Foi estudado um desenvolvimento importante em tensegrities em relação à arquitetura implantável e transformável. Todas essas estruturas precisam de desenvolvimento construtivo. As articulações são as mais importantes para resolver o mecanismo utilizado. Os nós das estruturas têm sido objeto de patentes desde 1950. Uma classificação foi estabelecida para entender seu funcionamento, no qual nós articulados e nós deslizantes foram estudados. Esses casos são para estruturas implantáveis ou transformáveis.
Em seguida, inicia-se o trabalho de analisar geometricamente cada uma das 22 estruturas auxéticas projetadas levando-se em consideração os padrões auxéticos previamente estudados. Quatro tipos de sistemas auxéticos foram desenvolvidos de acordo com sua formação, que incluem o padrão individual, estruturas 2D, estruturas 3D e estruturas de torres.
Para todas as estruturas desenvolvidas, a relação entre a quantidade de material utilizado e a superfície ou volume atingido foi analisada, pois estamos analisando estruturas em 2 ou 3 dimensões. Para isso, o comprimento total de barras utilizadas na construção de cada estrutura foi contado, como uma analogia com a quantidade de material, já que para conhecer as quantidades desse material em unidades de massa teríamos que definir seções de concreto de barras e materiais de concreto. Neste estudo, procuramos um comportamento geral, de modo que o comprimento identifica perfeitamente os elementos lineares usados. A relação entre a área (A) ou o volume (V) com o comprimento (L) deu uma relação (K) entre essas unidades, ajudando-nos a entender os valores de crescimento dessas estruturas particulares. A área de cada figura corresponde ao quadrado, circunferência ou polígono (conforme apropriado) onde a figura é inscrita; e o volume corresponde ao cubo ou cilindro que contém a estrutura. Os fatores de crescimento FC (:) e FC (-) de cada estrutura são obtidos a partir da divisão e subtração do Kmáx e do Kmín.
Após o estudo desenvolvido, para as estruturas estudadas, uma nova classificação foi feita de acordo com suas articulações. Desta forma, teríamos:
1. Articulações em um único plano de várias barras.
2. Articulações no espaço, com confluência de três ou mais barras.
3. Juntas em um único plano unindo o vértice de um polígono com o final de um bar.
4. Juntas no espaço unindo o vértice de um polígono com o final de uma barra.
5. Juntas em um único plano unindo vértices de polígonos.
6. Juntas no espaço unindo vértices de polígonos.
Além disso, foi desenvolvido um estudo estrutural no qual se conclui que esta estrutura funciona corretamente para as tensões e cargas propostas. A deformação é considerada como uma característica útil e importante dessas estruturas auxiliares, o que as diferencia da maneira de trabalhar das estruturas tradicionais. As deformações geradas nas estruturas auxéticas são maiores que nas estruturas tradicionais, mas os valores adequados para os esforços construtivos são na mesma ordem para os dois tipos de estruturas. Portanto, é uma nova possibilidade de explorar dentro do campo da arquitetura.
Como estamos falando de arquiteturas dinâmicas com capacidade de transformação, grande importância é dada ao desenho da geometria dos nós, pois, embora a geometria das forças na articulação seja igual a zero e seja controlada, o mesmo não ocorre com a a deformação e as excentricidades no nó colapsariam a estrutura. Desta forma, a geometria da estrutura foi claramente definida, para então poder procurar uma solução de deformação angular, para alcançar transformações geométricas que são estáveis no final, e onde a própria forma estabelece o equilíbrio.