La vivienda colectiva está desvinculada de sus habitantes tanto en su diseño como en la integridad en las fases de implementación, particularmente en España. Siendo sus futuras personas inquilinas parte de un imaginario en el cual no son comprendidas, ni preguntadas. Esto ha conllevado y conlleva problemas de toda índole, desde aquellos asociados a la asequibilidad, a la desconexión con sus necesidades y sueños como al sentido de cuidado, comunidad, identidad y pertenencia. En consecuencia, España tiene 3,4 millones de stock de viviendas vacías (INE-2011). Además, el 37% de la ciudadanía española dedica más del 40% de sus ingresos al alquiler, estos datos sitúan desafortunadamente a España a la cabeza de la UE según la OCDE- 2016. Asimismo, España ha seguido históricamente políticas dirigidas principalmente al régimen de propiedad obviando la provisión de alternativas y de alquiler público o privado, independientemente de la capacidad adquisitiva de quien necesitaba y precisa una vivienda. En este contexto, esta tesis doctoral se ha planteado el objetivo de investigar modelos alternativos experimentales de habitar, junto a la búsqueda de modelos de gestión, de metodologías de trabajo y de diseño atemporal, intentando dar algunas respuestas a ciertos problemas de la vivienda colectiva. Para alcanzar los objetivos propuestos esta tesis doctoral está dividida en seis escenarios o casos de estudio con tres capítulos. El primero abarca, tras la puesta en escena de sus antecedentes, un ejemplo del modelo Baugruppen denominado ‘Ökohaus’ en Berlín, en el contexto experimental del IBA 87 y, por otro lado, un condominio en el barrio de Arturo Soria en Madrid, en la calle Ángel Muñoz 22. Se pone especial énfasis en dos puntos: En qué es y cómo se crea un Baugruppen y en el contexto proyectual conectado al sistema constructivo, para comprender los motivos y decisiones proyectuales que permitieron proveer a las viviendas de subsistemas en los cuales poder configurar el espacio vivienda 'a la carta'. El segundo muestra, después de una estructura previa proyectual, dos casos de estudio coetáneos. El primero es la traslación teórico-práctica de la arquitectura de la participación de Giancarlo De Carlo, el Villaggio Matteotti en Terni y el segundo, un movimiento ciudadano en Odhams Walk, Londres. En esta secuencia los proyectos intentaron trasladar una serie de experimentos espaciales como la inclusión de jardines y calles en el cielo conectados a diversas cotas y la experimentación en torno al concepto de ‘sistema urbano’ en el primero y ‘mat-building’ en el segundo. El tercero se centra, tras realizar un recorrido por utopías realistas, en dos escenarios contemporáneos, un prototipo de cooperativa sin ánimo de lucro en Zúrich, denominado Kalkbreite genossenschaft y un cohousing multigeneracional en Helsinki, Casa Malta. Ambos cuentan con motivos que han inducido a compactar y centralizar los servicios y las labores domésticas, en diferentes gradientes en uno y otro caso siempre proporcionando a cambio, espacios intermedios. Finalmente, las conclusiones recogen los principales resultados de la investigación proveyendo algunas actuaciones de futuro.

Collective housing is disconnected from its inhabitants both in its design and in the integrity of its implementation phases, particularly in Spain. Its future tenants are part of an imaginary in which they are neither understood nor questioned. This has led and continues to lead to problems of all kinds, from those associated with affordability, disconnection with their needs and dreams, to the sense of care, community, identity and belonging. As a result, Spain has 3.4 million empty housing stock (INE-2011). Furthermore, 37% of Spanish citizens spend more than 40% of their income on rent, these data unfortunately place Spain at the top of the EU according to the OECD- 2016. Likewise, Spain has historically followed policies aimed mainly at the ownership regime obviating the provision of alternatives and public or private renting, regardless of the purchasing power of those who needed and need housing. In this context, this doctoral thesis has set the objective of investigating experimental alternative models of living, together with the search for management models, working methodologies and timeless design, trying to give some answers to certain problems of collective housing. In order to achieve the proposed objectives this doctoral thesis is divided into six scenarios or case studies with three chapters. The first covers, after the staging of its background, an example of the Baugruppen model called 'Ökohaus' in Berlin, in the experimental context of IBA 87 and, on the other hand, a condominium in the neighborhood of Arturo Soria in Madrid, at 22 Ángel Muñoz street: On what a Baugruppen is and how it is created, and on the design context connected to the construction system, in order to understand the motives and design decisions that made it possible to provide the dwellings with subsystems in which to configure the living space ¿a la carte¿. The second shows, after a previous design structure, two contemporary case studies. The first is the theoretical-practical translation of the architecture of Giancarlo De Carlo¿s participation, the Villaggio Matteotti in Terni, and the second, a citizen movement in Odhams Walk, London. In this sequence the projects attempted to transfer a series of spatial experiments such as the inclusion of gardens and streets in the sky connected at various heights and experimentation around the concept of 'urban system' in the first and 'mat-building' in the second. The third focuses, after a tour of realistic utopias, on two contemporary scenarios, a prototype non-profit cooperative in Zurich, called Kalkbreite genossenschaft, and a multigenerational cohousing in Helsinki, Casa Malta. Both have motives that have induced to compact and centralize services and housework, in different gradients in both cases, always providing intermediate spaces in exchange. Finally, the conclusions gather the main results of the research providing some future actions.

A habitação colectiva está desligada dos seus habitantes tanto na sua concepção como na integridade das suas fases de implementação, particularmente em Espanha. Sendo os seus futuros inquilinos parte de um imaginário em que não são compreendidos, nem questionados. Isto tem conduzido e continua a conduzir a problemas de todo o tipo, desde os associados à acessibilidade, desconexão com as suas necessidades e sonhos, até ao sentido de cuidado, comunidade, identidade e pertença. Como resultado, a Espanha tem 3,4 milhões de habitações vazias (INE-2011). Além disso, 37% dos cidadãos espanhóis gastam mais de 40% dos seus rendimentos em aluguer, estes dados colocam infelizmente a Espanha no topo da UE de acordo com a OCDE- 2016. Do mesmo modo, a Espanha tem seguido historicamente políticas que visam principalmente o regime de propriedade, evitando a oferta de alternativas e o aluguer público ou privado, independentemente do poder de compra daqueles que precisavam e necessitam de habitação. Neste contexto, esta tese de doutoramento estabeleceu como objectivo investigar modelos alternativos experimentais de habitação, juntamente com a procura de modelos de gestão, metodologias de trabalho e design intemporal, tentando dar algumas respostas a certos problemas de habitação colectiva. A fim de alcançar os objectivos propostos, esta tese de doutoramento está dividida em seis cenários ou estudos de caso com três capítulos. O primeiro cobre, após a encenação do seu fundo, um exemplo do modelo Baugruppen chamado "Ökohaus" em Berlim, no contexto experimental da IBA 87 e, por outro lado, um condomínio no bairro Arturo Soria em Madrid, na rua 22 Ángel Muñoz: Sobre o que é um Baugruppen e como é criado, e sobre o contexto de concepção ligado ao sistema de construção, a fim de compreender os motivos e as decisões de concepção que tornaram possível dotar as habitações de subsistemas para configurar o espaço habitacional ¿a la carte¿. O segundo mostra, após uma estrutura de desenho anterior, dois estudos de caso contemporâneos. A primeira é a tradução teórico-prática da arquitectura da participação de Giancarlo De Carlo, o Villaggio Matteotti em Terni e a segunda, um movimento de cidadãos em Odhams Walk, Londres. Nesta sequência, os projectos tentaram transferir uma série de experiências espaciais como a inclusão de jardins e ruas no céu ligadas a vários níveis e experiências em torno do conceito de "sistema urbano" no primeiro e "construção de tapetes" no segundo. O terceiro centra-se, após uma viagem através de utopias realistas, em dois cenários contemporâneos, um protótipo de uma cooperativa sem fins lucrativos em Zurique, denominada Kalkbreite genossenschaft e uma coabitação multigeracional em Helsínquia, Casa Malta. Ambos têm motivos que induziram à compactação e centralização de serviços e tarefas domésticas, em diferentes gradientes em ambos os casos, proporcionando sempre espaços intermédios em troca. Finalmente, as conclusões reúnem os principais resultados da investigação, proporcionando algumas acções futuras.