Nesta tese é realizada uma investigação sobre o papel de Fernández del Amo na arte sacra nas localidades de colonização que foram construídas após a Guerra Civil. Em Fernandez del Amo, ocorre uma coincidência tripla: era um grande arquiteto, estava muito envolvido no mundo da arte e era um homem de fé.
Ele foi o primeiro diretor do Museu de Arte Contemporânea, colocando-o num lugar privilegiado para interagir com artistas do período pós-guerra. Por outro lado, estes jovens artistas, que começavam a experimentar com a abstração, não tinham outro modo de sobreviver numa Espanha submergida pela guerra. Portanto, concordaram em colaborar com ele. Fernández del Amo ofereceu trabalho a estes artistas, encomendando-lhes obras para completar as igrejas. No entanto, não colaboraram somente nas zonas por ele projetadas, podendo também ser encontradas as suas obras em outras localidades nas quais ele trabalhou de alguma maneira.
Nesta tese tentaram-se resolver as contradições encontradas nas fontes primárias, e completaram-se alguns dados que não eram conhecidos. Para além disso, foi incluído um catálogo com toda a obra de arte sacra das vinte e nove localidades em que se demonstrou que exerceu Fernández del Amo.