El objetivo de la tesis doctoral es estudiar los espacios interiores —construidos en la antigua tradición de la arquitectura cerrada y contrastada— relativizados en su condición interior. En la opacidad clásica y la diferencia entre el interior y el exterior, encontramos una relación diferente al llamado "espacio fluido" de la modernidad, entre el interior con la condición exterior. 

La primera parte se acerca a una definición conceptual del tema, entendiendo el interior-exterior como la construcción de un interior y, simultáneamente la experiencia exterior de tendencia opuesta en la intimidad del encierro. Revisando desde la intemperie que fabrica la intrusión de los fenómenos atmosféricos en un espacio cerrado, hasta una manera más desprejuiciada y heterogénea de entender el interior como exterior.

El cuerpo de la tesis se divide en tres mapas (o partes) que interpretan el interior-exterior desde un enfoque independiente estudiando el tratamiento de los límites que lo configuran, pero con la constricción de comenzar siempre el relato en interiores mediterráneos para continuar en Alemania y culminar, principalmente en la arquitectura del neoclasicismo nórdico de Suecia y Dinamarca. En conjunto componen el observatorio que propone la Tesis, superponiéndose en una sola cartografía que sigue la orientación inversa que dejaron los desplazamientos de los arquitectos del norte de Europa al mundo clásico.

Dentro de cada mapa, los interiores se ordenan siguiendo simultáneamente dos criterios: en primer lugar, una perspectiva temática. Y, en segundo lugar, una de disposición geográfica con dirección norte. Los interiores se enlazan progresivamente para explicar el argumento propuesto y cada espacio interior presupone la explicación del anterior. Además, los tres mapas siguen un orden secuencial, aunque cada uno de ellos tiene el suficiente carácter individual para una lectura no lineal.

El primer mapa revisa la máxima exterioridad que define el símbolo del espacio universal contenido y la tendencia vertical del recinto, encontrando su revelación en la escalera infinita. El segundo mapa rastrea la cúpula y la tienda en el jardín romántico, ambas suspendidas dentro de los techos tradicionales, ocultos entre los árboles de pintorescos paseos exteriores. Por último, el tercer mapa explora inductivamente las cosas, inventariando los elementos que, colocados dentro, relativizan el interior y se acercan a la ambigüedad de un paisaje interior.

El clima de invierno condiciona la arquitectura del norte de Europa y la necesidad de cubrición establece una relación dialéctica con la experiencia exterior y también con la repetición e interpretación de los interiores clásicos admirados, incrementando, con el contraste, la condición exterior de sus interiores.

The purpose of the doctoral thesis is to study interior spaces - built in the old tradition of closed and contrasted architecture – relativized in their interior condition. In the classical opacity and the difference between the inside and the outside, we find a different relationship to the so-called "fluid space" of modernity, between the interior and the exterior condition. 

The first part approaches a conceptual definition of the topic, understanding the interior-exterior as the construction of an interior and, simultaneously, an exterior experience, of opposite tendency in the intimacy of confinement. Reviewing from the intemperie, that manufactures the intrusion of atmospheric phenomena in the enclosed space, to a more unprejudiced and heterogeneous way of understanding the interior as exterior.

The body of the thesis is divided into three maps (or parts) that grasp the interior-exterior from an independent point of view, studying the treatment of its limits, but with the constraint of always beginning the story in Mediterranean interiors, to continue in Germany, and culminate mainly in the architecture of Nordic neoclassicism in Sweden and Denmark. Together, they make up the observatory proposed by the Thesis, overlapping in a single cartography that follows the reverse orientation left by the displacements of Northern European architects to the classical world.

Within each map, the interiors are ordered according to two simultaneous criteria: firstly, a thematic perspective. And, secondly, a geographical disposition with a northerly direction. The interiors are progressively linked to explain the proposed argument and each interior space presupposes the explanation of the previous one. Moreover, the three maps follow a sequential order, although each one has enough individual nature for non-linear reading.

The first map revisits the maximum exteriority that defines the symbol of contained universal space and the vertical tendency of the enclosure, finding its revelation in the infinite staircase. The second map traces the dome and the tent in the romantic garden, both suspended within traditional roofs, hidden among trees of picturesque outdoor promenades. Finally, the third map explores inductively the things, inventorying elements that, placed inside, relativize the interior and approach the ambiguity of an internal landscape.

The winter climate conditions the architecture of Northern Europe and the need for covering establishes a dialectical relationship with the exterior experience and also with the repetition and interpretation of the admired classical interiors, increasing, by contrast, the exterior condition of its interiors.

O objetivo da tese de doutorado é estudar os espaços interiores — construídos na antiga tradição da arquitetura fechada e contrastada — relativizados na sua condição interior. Na opacidade clássica e na diferença entre o interior e o exterior, encontramos uma relação diferente ao chamado “espaço fluido” da modernidade, entre o interior com a condição exterior.

A primeira parte aborda uma definição conceitual do assunto, entendendo o interior-exterior como a construção de um interior e, simultaneamente, a experiência exterior de tendência oposta na intimidade do confinamento. É realizada uma revisão das condições de tempo e clima que produzem a intrusão dos fenômenos atmosféricos num espaço fechado até uma forma mais despreconceituada e heterogênea de entender o interior como exterior.

O corpo da tese está dividido em três mapas (ou partes) que interpretam o interior-exterior a partir de um enfoque independente, estudando o tratamento dos limites que o configuram, mas com a constrição de sempre começar o relato em interiores mediterrâneos para continuar em Alemanha e culminar, principalmente, na arquitetura do neoclassicismo nórdico da Suécia e Dinamarca. Em conjunto, compõem o observatório proposto por essa tese, sobrepondo-se numa única cartografia que segue a orientação inversa deixada pelos deslocamentos dos arquitetos do norte da Europa ao mundo clássico.

Dentro de cada mapa, os interiores são simultaneamente organizados de acordo com dois critérios: primeiro, uma perspectiva temática. E, em segundo lugar, uma de disposição geográfica com direção norte. Os interiores são progressivamente enlaçados para explicar o argumento proposto, e cada espaço interior pressupõe a explicação do anterior. Além disso, os três mapas seguem uma ordem sequencial, embora cada um deles tenha um caráter individual suficiente para permitir uma leitura não linear.

O primeiro mapa revê a máxima exterioridade que define o símbolo do espaço universal contido e a tendência vertical do recinto, encontrando a sua revelação na escadaria infinita. O segundo traça a cúpula e a loja no jardim romântico, ambas suspensas dentro dos tetos tradicionais, escondidos entre as árvores de passagens exteriores pitorescas. Por fim, o terceiro mapa explora indutivamente as coisas, elencando os elementos que, colocados dentro, relativizam o interior e abordam a ambiguidade de uma paisagem interior.

O clima invernal condiciona a arquitetura do norte da Europa e a necessidade de cobertura estabelece uma relação dialética com a experiência exterior e também com a repetição e interpretação dos admirados interiores clássicos, aumentando, com o contraste, a condição exterior dos seus interiores.