Rem Koolhaas es, ante todo, un entrevistador. Sus entrevistas contribuyen a su producción arquitectónica como manera de trabajar, pensar y especular. Además, forman parte de la historia oral de la arquitectura, una disciplina poco teorizada y en la que, sin embargo, se basa su arquitectura de las conversaciones. A mediados de los sesenta, Koolhaas comenzó a entrevistar en el periódico Haagse Post. Más allá de lo biográfico, la entrevista constituye uno de sus formatos de trabajo más frecuentes como arquitecto. Sus entrevistas son una forma de descifrar la historia, de interpretar la arquitectura de los demás y de apropiarse de asuntos que no son objeto de la atención de la disciplina.
Esta tesis explora el papel de la entrevista en la práctica arquitectónica y, en particular, el trabajo de Koolhaas entrevistando. Para realizarla, ha sido necesario completar un archivo oral donde ciertas voces y relatos estaban ausentes en el registro histórico pese a ser producto o consecuencia de su trabajo. No se trata de extraer técnicas periodísticas aplicables, sino de mostrar que la labor entrevistadora de Koolhaas es un vehículo de producción de conocimiento. El objetivo es exponer cómo utiliza sus entrevistas con una función práctica, teórica y crítica; y con ello contribuir a la comprensión del valor ensayístico, instrumental y especulativo de la transmisión oral como estrategia proyectual en sí misma.
La primera parte trata el género de la entrevista como forma epistemológica y el contexto de la entrevista arquitectónica como lugar fértil de avance en el estudio de la disciplina. La segunda parte aborda detalles específicos sobre las entrevistas hechas por Koolhaas: lo que se produce, su categorización y sus modos de funcionamiento en la cultura. Estos proyectos hablados, alejados del fetichismo, suponen la clasificación de una arquitectura que aplica la oralidad como método de trabajo, diseño, pensamiento y exploración. En el marco de narrativas arquitectónicas alternativas, Rem before Koolhaas suma la arquitectura oral de un arquitecto entrevistador.
Rem Koolhaas is, above all, an interviewer. His interviews contribute to his architectural production as a way of working, thinking, and speculating. Furthermore, they form part of the oral history of architecture— a discipline that has been little theorised yet underpins his architecture of conversations. In the mid-1960s, Koolhaas began conducting interviews for the newspaper Haagse Post. Beyond the biographical aspect, the interview became one of his most frequent working formats as an architect. His interviews serve as a means to decipher history, interpret the architecture of others, and engage with issues that typically fall outside the discipline’s focus.
This thesis explores the role of the interview in architectural practice and, in particular, Koolhaas’s work as an interviewer. To undertake this study, it was necessary to compile an oral archive, as certain voices and narratives were absent from the architectural historical record despite being either a product or consequence of his work. This research does not seek to extract journalistic techniques applicable to architectural practice but rather to demonstrate that Koolhaas’s work as an interviewer is a vehicle for the production of knowledge. The aim is to reveal how he employs interviews as a practical, theoretical, and critical tool, contributing to an understanding of the essayistic, instrumental, and speculative value of oral transmission as a projectual strategy in itself.
The first section examines the interview as an epistemological form and considers the architectural interview as an under-conceptualised yet fertile ground for advancing disciplinary studies. The second section delves into specific aspects of Koolhaas’s interviews, including their production, categorisation, and modes of cultural operation. These spoken projects, distanced from fetishism, constitute a theoretical classification of an architecture that employs orality as a method of work, design, thought, and exploration. Within the framework of alternative architectural narratives, Rem before Koolhaas adds the perspective of an oral architecture by an architect-interviewer.
Rem Koolhaas é, antes de tudo, um entrevistador. Suas entrevistas contribuem para sua produção arquitetônica como forma de trabalhar, pensar e especular. Além disso, fazem parte da história oral da arquitetura—uma disciplina pouco teorizada, mas que sustenta sua arquitetura das conversas. Em meados da década de 1960, Koolhaas começou a realizar entrevistas para o jornal Haagse Post. Para além do aspecto biográfico, a entrevista tornou-se um dos seus formatos de trabalho mais recorrentes como arquiteto. Suas entrevistas servem como meio para decifrar a história, interpretar a arquitetura dos outros e abordar questões que normalmente escapam ao foco da disciplina.
Esta tese investiga o papel da entrevista na prática arquitetônica e, em particular, o trabalho de Koolhaas como entrevistador. Para realizá-la, foi necessário compilar um arquivo oral, pois certas vozes e narrativas estavam ausentes do registro histórico da arquitetura, apesar de serem produto ou consequência de sua atuação. Este estudo não busca extrair técnicas jornalísticas aplicáveis à prática arquitetônica, mas sim demonstrar que o trabalho de Koolhaas como entrevistador é um meio de produção de conhecimento. O objetivo é expor como ele emprega as entrevistas como uma ferramenta prática, teórica e crítica, contribuindo para a compreensão do valor ensaístico, instrumental e especulativoda transmissão oral como estratégia projetual em si mesma.
A primeira parte examina a entrevista como uma forma epistemológica e o contexto da entrevista arquitetônica como um território ainda pouco conceituado, mas fértil para o avanço dos estudos disciplinares. A segunda parte explora aspectos específicos das entrevistas de Koolhaas: sua produção, categorização e modos de funcionamento na cultura. Esses projetos falados, distantes do fetichismo, configuram uma classificação teórica de uma arquitetura que aplica a oralidade como método de trabalho, projeto, pensamento e exploração. No contexto das narrativas arquitetônicas alternativas, Rem before Koolhaas acrescenta a perspectiva de uma arquitetura oral por um arquiteto-entrevistador.
Arquitecto
MADRID | ESPAÑA
