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  • Catarina José Oliveira Pereira

    Concurso 2019
  • Catarina José Oliveira Pereira

    Concurso 2019
  • Catarina José Oliveira Pereira

    Concurso 2019
 Bolsa 2019   Modalidade: Concurso | Destino: Emilio Tuñón Arquitectos | Prácticas: 07/2020 - 12/2020
Em semelhança com o tema do concurso ‘Segunda mano: una casa discreta’, que me possibilitou a realização deste estágio, evidencia-se o enquadramento que o próprio atelier Tuñon Arquitectos estabelece com o espaço que ocupa e com a cidade. Por um lado, por estar situado na antiga nave da fábrica de carpintaria Navarra e, por outro, pela relação tão discreta que marca com a cidade - uma dualidade curiosa para um espaço que, controversamente, se ocupa de idealizar o espaço arquitectónico e urbano. A obra de Mansilla + Tuñón, foi possivelmente das primeiras referências internacionais de arquitetura que estabeleci contacto enquanto estudante. Em 2012, o programa para um equipamento de artes proposto pelo Darq no meu 2º ano de curso, possibilitou uma viagem ao norte de Espanha, na qual tive oportunidade de visitar dois dos seus edifícios emblemáticos - Musac e Auditório de San Sebastian. Foi portanto, por esta e outras razões, gratificante a oportunidade de ter como primeira experiência profissional um atelier que despertou o meu olhar estudantil e que agora, enquanto jovem arquiteta, me estabeleceu uma base de formação extremamente rica. Gostaria de agradecer, uma vez mais, à Fundação Arquia por possibilitar esta experiência única a estudantes e jovens arquitectos portugueses. Um especial obrigada também ao Emílio, Andres, Carlos M, Carlos B, Inês, Julia, Javi, Nico, Borja e Martina. Foi, certamente, uma experiência única que irá marcar o percurso da minha carreira como arquiteta. Obrigada!

Casa d'Moleiro

No processo de idealizar “uma casa discreta”, surgiu a oportunidade de refletir sobre um lugar que me é particularmente pessoal. Localizada no concelho de Magueija, Lamego e ladeada pelo rio Balsemão, encontra-se a pequena aldeia do Sardinho. Um território que outrora foi fonte de rendimento da população, onde a agricultura e a pastorícia eram a base de sustento dos habitantes. Contudo, o abandono dos espaços rurais, resultou na despovoação e esquecimento deste território, tendo atualmente uma única habitação em uso. Os moinhos de água, característicos da zona, são símbolos de património histórico e cultural, outrora marcantes na subsistência económica da aldeia. O moinho em análise, que também constituiu em tempos a casa do moleiro, uma pequena construção que continha dois moinhos de rodizio, um mecanismo tradicional de moagem de trigo. Atualmente o moinho, encontra-se em grande estado de degradação, onde apenas prevaleceu a estrutura original de paredes de granito. Numa tentativa de recuperar a memória deste lugar e devolver a sua vitalidade, a intervenção passa por reorganizar a espacialidade interior, pela reconstrução do moinho de rodízio e pela reutilização de peças de moagem. tradicionais Devido à reduzida iluminação natural do espaço interior, e havendo a necessidade de reconstruir a cobertura, propõe-se um pequeno volume de madeira que rompe a inclinação do telhado, proporcionando um pequeno vão com vista para a ribeira e onde será destinado o espaço de repouso do moleiro.

Catarina José Oliveira Pereira

Estudiante
Universidade de Coimbra - Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia
Vagos | PORTUGAL